Com mais de 18 anos no mercado de montagem de quadros eu ainda me espanto como a criatividade humana mais a fonética juntas podem conseguir escrever a palavra passepartout. Ok, eu concordo, não é uma palavra fácil e ainda tem sua origem do francês. Existem duas formas corretas de se escrever pela norma culta: passepartout tudo junto ou passe-partout com a separação pelo hífen, escolha uma delas e seja feliz.
Agora existe também uma terceira versão muito popular dessa palavra, são dos mesmos autores de: "deletar", "bugar", "xburger" e várias outras. Ler folha ou chapa de paspartur é bem mais comum e já foi o tempo que eu dizia que estava errado, essa forma mais brasileira de escrever esse material tão importante para proteger os trabalhos brasileiros.
Ahh é bom lembrar que tem muita gente também que chama de papel cartão por causa da espessura da folha ou ainda de papel Crescente este mais vinculados a marca americana Crescent pioneira no Brasil através de uma importante empresa aqui no Brasil.
Praticamente 99% das folhas de passepartout disponíveis no mercado são compostas por 3 camadas: uma folha superior, um miolo e uma folha de base. A qualidade do material que vai nestas 3 camadas é que define a qualidade do passepartout, que pode ser decorativo, conservação ou museológico. Existem também o 1% onde o passepartout é composto de apenas 1 camada única onde base, miolo e folha superior são uma coisa só. Esse tipo de folha é nível museológico e ainda produzido numa massa 100% algodão.
Quando fomos escolher que tipo de passepartout íamos colocar na Peixeseco foi fácil tomar a decisão. Seguimos nossa missão de "Proteger a história, a arte e a cultura brasileira" então escolhemos iniciar pela linha conservação.
Em todas as três camadas o material é livre de ácido, pH neutro, livre de lignina e com reserva alcalina de carbonato de cálcio. A folha superior é resistente a desbotamento, o miolo é de celulose tratada e tudo com certificação aprovada nos SGS Test Reports for Picture & Photo Frame (US, UK)