Este texto inaugurou minha coluna na revista Fhox em Janeiro de 2014 e desde então sigo colaborando com meus amigos Mozart Mesquita e Leo Saldanha da Editora Fhox e organizadores da Feira Fotografar e muitos outros eventos relevantes do mercado. Com muito orgulho publico aqui na integra esse texto que chamou bastante atenção na época.
A perereca no milharal
No ano passado, quando fui colunista convidado na edição número 162 da Fhox, minha maior dificuldade foi espremer todas as informações que eu gostaria de passar em um só texto. Apesar do tema definido, foi difícil editar tudo de modo que ficasse interessante de ler e passasse um certo conteúdo.
Agora, com muito orgulho, faço parte dos colunistas da Fhox, e tenho uma missão mais árdua, a de escrever em todas as edições, trazer para perto do leitor um pouco mais do mercado Fine Art e mostrar todo o potencial que temos pela frente. Poderemos ir mais a fundo em cada uma das ideias e também falar um pouco de conservação fotográfica, que está muito atrelada ao tema.
Uma confissão
Como oficialmente este é o primeiro texto desta nova coluna, resolvi que iria começar com uma confissão pessoal que refletisse um pouco do que está acontecendo neste mercado.
- “Rã no milho! Esse cara não sabe escrever o nome do papel e acha que pode imprimir Fine Art”.
Foi isso que falei em voz alta quando li um e-mail na caixa de vendas. Por sorte, ninguém me ouviu e, melhor ainda, percebi que estava agindo preconceituosamente e corrigi isso.
(Teste de fonoaudiologia: Pronuncie dez vezes bem rápido a palavra Hahnemühle)
O possível cliente havia escrito “RANIMILI”, colocando de forma literal o som da pronúncia da marca alemã de papel Hahnemühle. Ele ainda pedia algumas características do papel, gramatura e acabamento, o que confirmava que aquele cliente não só sabia o que estava pedindo como ainda era um gênio da fonética.
Na época nós ainda não tínhamos o papel e tivemos que dar uma resposta negativa ao cliente, mas para mim estava muito claro que a impressão Fine Art havia chegado para ficar.
Falando Fine Art no Brasil com todos os seus sotaques
Fine Art no Brasil tem vários sentidos e sotaques, vai do Rio Grande do Sul até o Amazonas, e está se tornando popular. Aqui vamos falar o porquê dessa popularidade, o que se tem feito e o que está por vir, usando os bons exemplos que estão hoje atuando e, acredite, são muitos e com espaço para mais.
A produção de impressão Fine Art eleva ao extremo a qualidade e a capacidade das imagens no papel. Mostra que é possível ir aos limites no controle da produção de suas fotos e que a escolha de acabamento do papel pode transformar o olhar em relação àquela cena.
Quem experimenta, adora. Vai atrás de mais fotos e muitas vezes decide produzir uma exposição, ou simplesmente decorar a sua sala ou escritório. Aqui vamos colocar o espaço que a fotografia Fine Art está ocupando e os rumos que ela deve seguir. Abordaremos também os cuidados que essas fotos requerem, além de dicas de montagem e preservação.